sábado, 12 de julho de 2014

REPORTAGEM SOBRE INCLUSÃO ESCOLAR

IMPERATRIZ – Hoje, organizações ligadas a educação e o governo brasileiro defendem que o lugar de todas as crianças é a escola convencional, mesmo aquelas que possuem alguma deficiência. Segundo dados preliminares do Censo Escolar deste ano, mais 650.000 alunos estão matriculados na educação especial em todo o Brasil. Em Imperatriz são 763 alunos com algum tipo de deficiência matriculados só rede municipal de ensino.
Mas a educação inclusiva ainda é um desafio para os professores, pois os alunos com deficiência necessitam de uma maior atenção e uma estrutura diferenciada. Sobre o assunto, o Imirante/imperatriz conversou com a psicopedagoga, Joselma Gomes.
Ela falou das dificuldades das escolas no processo de inclusão e da filosofia que as instituições de ensino devem ter para desenvolver para garantir a inclusão de alunos com deficiência. Segundo Joselma, um dos maiores desafios que a escola enfrenta é a formação dos educadores. “Quase todos os educadores foram criados dentro de um modelo educacional que não contemplava esse público, essas pessoas com deficiência”, afirmou.
Confira a entrevista completa.
http://imirante.globo.com/imperatriz/noticias/2013/11/03/psicopedagoga-fala-dos-desafios-da-educacao-inclusiva.shtml

domingo, 2 de fevereiro de 2014

                                         ATENDIMENTOS RESILIENCE

Para aqueles a quem interessar o RESILIENCE Espaço Neuro-Psicopedagógico Clínico tem uma equipe multidisciplinar habilitada no trabalho com crianças Autistas em todos os seus níveis, funcionais ou não.
O trabalho de ordem Multidisciplinar tem no seu cotidiano supervisão e estudos de casos específicos, atendidos pela equipe de terapeutas.




domingo, 5 de janeiro de 2014

A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO NOS DIAS ATUAIS
Gestoras CENSUPEG: Joselma Gomes da Silva - (99) 9934-5124  psicopedagogajoselma@hotmail.com
Mayra Minohara - (99) 8113-5505

Falar em carreira profissional de qualquer ordem, implica diretamente em falar de formação contínua, posto que, os desafios lançados são diários, exigindo de cada profissional ferramentas que possam resolver cada um deles com a eficácia necessária. Essa exigência da nova sociedade - a sociedade do conhecimento - direciona-se também aos educadores que encontram-se em exercício. 
É possível mensurar que uma das áreas onde houve maiores modificabilidades, foi a área educacional, pela implementação de várias políticas públicas no país, principalmente no que se refere a área da inclusão educacional de pessoas com necessidades educacionais especiais, necessita desse "novo educador" instrumentos inovadores que somente o conhecimento tem a possibilidade de viabilizar, bem como uma nova postura profissional frente ao que é proposto no contexto escolar.
Essa quebra de paradigmas no campo educacional, dos dias atuais evidencia-se como o "calcanhar de aquiles" para muitos, posto que, muitos educadores foram formados com outros modelos e que hoje essa forma apreendida não contempla o público inserido no contexto da escola na perspectiva da inclusão.
Diante disso a alternativa para esse educador é mergulhar nas oportunidades de compreender com competência essas novas necessidades, compreendendo sua dinâmica de funcionalidade. Para isso, estudar ainda caracteriza-se como a unica alternativa de sair desse estágio e passar para um novo, com o propósito de atender,  dentro do que se espera, todos os aprendentes que compõem a instituição de educação, com práxis elaboradas sabendo o que faz, para que faz e como faz.
Mudar é possível. Tornar-se um novo profissional é possível! a oportunidade é a formação e pra isso apresentamos as pós graduações do CENSUPEG, premiadas como as MELHORES PÓS GRADUAÇÕES DO BRASIL. Essas pós graduações você tem a sua disposição aqui em Imperatriz Maranhão. 
PROCURE-NOS E CONSTRUA UMA NOVA PRÁXIS PROFISSIONAL!!

ESTAMOS COM AS MATRÍCULAS ABERTAS




sábado, 4 de janeiro de 2014



Escritora: Joselma Gomes da Silva - Mestranda em Desenvolvimento  / Neuropsicopedagoga / Psicopedagoga Clínica / Especialista em Atendimento Educacional Especializado / Mediadora do Programa PEI / Facilitadora do FRIENDS.
CON-TATO  (99) 9934-5124

AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO JUNTO A PACIENTES ACOMETIDOS PELO O ESPECTRO AUTÍSTICO: uma visão Neuropsicopedagógica

Mais importante do que tratar teoricamente do espectro autístico ou do Transtorno Global do Desenvolvimento, é ressaltar sobre a importância de uma intervenção dentro do tempo e de condições compatíveis para o desenvolvimento integral desse indivíduo acometido, com perspectiva para uma vida com autonomia e independência.
Uma equipe multidisciplinar nesse processo é muito importante, haja vista que o espectro autístico encontra-se inserido dentro do Transtorno Global do Desenvolvimento, que pelo próprio nome, já remente a uma compreensão de invasão a outras áreas do desenvolvimento que podem sofrer sérios prejuízos caso sejam deixadas de lado.
O Neuropediatra - necessita fechar o diagnóstico com o laudo de todos os demais profissionais, bem como medicar se for o caso, não para o espectro autístico, mas para possíveis comorbidades que se instalam;
O Fonoaudiólogo - Importante para avaliar e intervir nos prejuízos linguísticos existentes, haja vista que esse comprometimento (o da linguagem ou a total ausência dela) traduz-se como um dos sintomas existentes no espectro autístico e que necessita ser trabalhado;
O Psicólogo - Importante para avaliar e intervir junto às instabilidades (desequilíbrio) emocionais apresentadas por esses sujeitos acometidos, com frequentes quadros de ansiedade de alta escala, desorganização emocional, crises, bem como, forma de prevenção de um quadro de psicose que poderá ocorrer, caso não ocorra a profilaxia das emoções por assim dizer;
O Neuropsicopedagogo - Importante para avaliar e intervir no contexto das aprendizagens de ordem sistemáticas (aprendizagens escolares) e assistemáticas (aprendizagens sociais), bem como a organização lógica dessas aprendizagens no contexto real, orientação a pais e professores dos procedimentos que devem ser aplicados, para que as mesmas sejam evidenciadas, com uso de técnicas e métodos que melhor se adequem as necessidades do sujeito;
Terapeuta Ocupacional - Importante para avaliar e intervir no campo motor e sensorial, haja vista que há no espectro autístico uma desordem que necessita ser organizada para uma melhor convivência e experiencia social;
Diante do quadro apresentado vale lembrar alguns cuidados que necessitam serem tomados para que haja maiores ganhos interventivos ao longo do processo;

Dentre os terapeutas acima citados o Neuropsicopedagogo traz a sua importância singular, haja vista que, um dos espaços onde o processo interventivo é evidenciado é na escola. É a escola também o espaço de maiores exigências instaladas socialmente, principalmente no que se refere a adaptações a serem feitas para uma melhor acessibilidade desse paciente e uma neuropráxis pedagógica em sala. 
Neuropráxis compreende como uma práxis orientada pelo Neuropsicopedagogo, que tem a responsabilidade de traçar o PDI (Plano de Desenvolvimento Interventivo), tanto para o consultório, quanto para a instituição educacional, com as referidas orientações, contemplando adaptações curriculares, materiais e ações singulares, considerando a variedade tipológica comportamental apresentada, visando a evolução cognitiva e social desse aprendente, configurando-se como um instrumento de extrema eficácia, que muito contribuirá para o desenvolvimento desse sujeito. 

É IMPORTANTE LEMBRAR QUE:

1. AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO - QUANTO MAIS PRECOCE, MAIS GANHOS NO DESENVOLVIMENTO
 Sabe-se que sujeitos acometidos pelo espectro autístico apresentam uma discrepância entre cognitivo e comportamental. No entanto entende-se por aprendizagem o movimento equilibrado entre as dimensões: social, emocional, cognitiva e motora. Nenhuma pode sobressair a outra. Caso esse processo ocorra, visualizar-se-a deficiências nesse processo;
2. O ESPECTRO AUTÍSTICO É 4 VEZES MAIS FREQUENTE EM MENINOS DO QUE NAS MENINAS - no entanto quando ocorre nas meninas, os prejuízos são muito mais complexos, necessitando de intervenções precoces sem interrupções;
3. SEMPRE VEM AFETANDO A LINGUAGEM - Isso implica em problemas de ordem léxica e gráfica o que exigem a intervenção do Neuropsicopedagogo;
4. TRAZ SEMPRE  DIFICULDADE EM MODULAR INFORMAÇÕES SENSORIAIS - isto implica na dificuldade de compreender aspectos de ordem emocional, bem como os diferentes tipos emocionais evidenciados através da linguagem corporal;
5. INABILIDADE INATA DE SE RELACIONAR EMOCIONALMENTE COM OUTRAS PESSOAS - Por apresentar dificuldades significativas de lidar com a subjetividade, tanto dele quanto do outro, e por em evidencia um literalidade do que se fala e do que se faz;
6. FALHA NA CAPACIDADE DE ABSTRAÇÃO - Isso implica em problemas de ordem cognitiva formal, haja vista que, todo o sistema de leitura e escrita necessita ser abstraído por serem apenas signos mentais representados e que necessitam serem armazenados nas estruturas cerebrais;
7. NÃO EXISTE NENHUM EXAME QUE COMPROVE O ESPECTRO AUTÍSTICO - O diagnóstico clinico é realizado apenas  pela equipe multidisciplinar, juntamente com exames laboratoriais com o intuito de eliminar hipóteses de ordem física.

O MAIS IMPORTANTE NO ESPECTRO AUTÍSTICO É VISUALIZAR OS PONTOS DE ESTRANGULAMENTO QUE IMPEDEM O DESENVOLVIMENTO HARMONIOSO DO INDIVÍDUO E CENTRAR AS INTERVENÇÕES NESSES PONTOS, COM O OBJETIVO DE APROXIMAR AO MÁXIMO AQUILO QUE JÁ SE POSSUI COM AQUILO QUE SE ESPERA, PARA A IDADE CRONOLÓGICA DO APRENDENTE ATENDIDO.



Escritora: Joselma Gomes da Silva - Mestranda em Desenvolvimento / Neuropsicopedagoga / Psicopedagoga Clinica / Especialista em Atendimento Educacional Especializado / Mediadora do Programa PEI (Cognitivo)/ Facilitadora do Método FRIENDS (Comportamental). Mediadora do Método PANLEXIA (TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DA lINGUAGEM)
CON-TATO: 9934-5123.

 ENTENDENDO MAIS UM POUQUINHO SOBRE O TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO (TGD) E O ESPECTRO AUTÍSTICO

Vamos falar um pouco sobre o TGD (Transtorno Global do Desenvolvimento)?


Na última década muito se tem falado, pesquisado e publicado sobre o espectro do Autismo, assim como todo o seu conjunto de características. No entanto, apesar do grande número de publicações disponíveis, ainda encontramos conceitos generalizados por muitos profissionais em todas as áreas envolvidas com esse público, inclusive a escola nas mais diferentes modalidades. Quando se fala em espectro autístico automaticamente já se remete ao pensamento de um sujeito com movimentos estereotipados, isolado dos demais pares, que não tem medo do perigo, que usa o outro como ferramenta, finge-se de surdo e vários outros sintomas característicos do autismo clássico. Porém, vale ressaltar que o Transtorno Global do Desenvolvimento apresenta-se com níveis diferentes o que permite diferenciar  modelos interventivos a serem aplicados nesses indivíduos.
O objetivo da presente postagem é tentar clarificar principalmente para o contexto educacional algumas dúvidas quando se fala de aprendentes com características autísticas.

PARA INÍCIO DE CONVERSA

Para dar inicio a esse colóquio, é importante entender o conceito de Transtorno Global do Desenvolvimento. Segundo Miranda; Muszkat; Mello (2013, p. 105) " refere-se as condições cujas caracterização envolve prejuízos graves e persistentes nas habilidades de interação social recíproca, comunicação verbal e não verbal e no repertório de interesses e atividades". Dentro dentro conceito habitam as características autísticas evidenciadas por sujeitos acometidos por esse transtorno.
Nesse sentido é possível incluir os diferentes níveis do espectro autístico que se diferenciam pela profundidade de comprometimentos apresentados.O Autismo, caracteriza-se como uma síndrome por trazer um conjunto de características evidentes, biológicas e de base que impedem o sujeito acometido de evoluir cognitivo e socialmente, por trazer sérios comprometimentos em áreas importantes para o desenvolvimento. 
No entanto esse conceito é dado pelos estudiosos (Nelsson, 2012 ) apenas para o último nível da escala do espectro autístico por ser o mais complexo, porém existem níveis mais leves que também são consideradas como características autísticas que precisam ser trabalhadas sem a visão da síndrome do Autismo puro.
Inclusão implica em trabalhar com as potencialidades dos sujeitos com necessidades educacionais especiais.  No casos de aprendentes com o espectro autístico, é importante priorizar suas "ilhas de habilidades" tanto no contexto educacional, junto aos especialistas quanto no contexto familiar, como forma de convergir  essa três dimensões, para que, dessa maneira, possa minimizar os estigmas  que ainda resistem  na escola e em algumas famílias que ainda não aprenderam a lidar com essas diferenças.
Níveis do espectro segundo Nelsson (2012)
  1. Nível de sintoma comportamental; (Asperger)
  2. Nível cognitivo e psicológico; (Asperger)
  3. Nível biológico e de base (Autismo)
O que ocorre até os dias atuais é a generalização do termo e dos níveis acima citados, sem a devida compreensão  de em que cada nível existem ilhas de habilidades e necessidades específicas, sendo esse o viés mais eficaz de se trabalhar a inclusão de aprendentes com o espectro autístico.
Nesse sentido, fica muito difícil a escola alcançar progressos, uma vez que, trata a todos com as mesmas ferramentas, esquecendo-se que a inclusão não é uma práxis democrática e sim diferenciada, principalmente para aprendentes com TGD, por não compreender que sua força motriz são suas singularidades haja vista a variedade tipológica comportamental apresentada.
Frente a tudo isso entra a contribuição dos saberes neurocientíficos no contexto da sala de aula  como mais uma ferramenta que chega para clarificar os caminhos que poderão ser percorridos para que se possa potencializar de maneira estruturada a aprendizagem desses sujeitos, que aprendem de maneira diferenciada, mas não menos importante.

REFERENCIAS

CUNHA, Eugenio. Autismo na escola: um jeito diferente de aprender, um jeito diferente de ensinar. Rio de Janeiro: Wak editora, 2013.

MIRANDA, M. C.; MUSZKAT, M.; MELLO, C. B. Neuropsicologia do desenvolvimento: transtorno do neurodesenvolvimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2013.

NELSSON, I. Introdução à educação especial para pessoas com o Transtorno do Espectro Autístico e dificuldades semelhantes de aprendizagem. Disponível em: http://atividadesparaeducacaoespecial.com/autismo/autismo-terapia-de-integracao-sensorial/ Acesso 04/01/2014.







sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

2014 - TEMPO DE INOVAR!!!

RESILIENCE Espaço Neuro-Psicopedagógico Clínico NESSE NOVO ANO DE 2015 INOVA COM:

  • ATENDIMENTOS NEUROPSICOPEDAGÓGICOS - DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO
  • ATENDIMENTOS PSICOPEDAGÓGICOS DE ORDEM CLINICA - DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO;
  • APLICAÇÃO DO PEI (Programa de Enriquecimento Instrumental) PARA CRIANÇAS, JOVENS E ADULTOS TRABALHANDO DE MANEIRA DIRETA A CRIATIVIDADE, COGNIÇÃO, AGILIDADE DE PENSAMENTO, CONTROLE DA ANSIEDADE, AMPLIAÇÃO DO CAMPO MENTAL. 
O método PEI é uma tecnologia de intervenção cognitiva, com duração de 18 meses, focada no desenvolvimento do aprender a aprender, aprender a pensar, organizado com instrumentos que visam o enriquecimento do potencial cognitivo, abstração e organização, possibilitando ao aluno uma experiência de aprendizagem significativa, tornando-o mais bem sucedido em suas atividades acadêmicas, profissionais, de rotina, transformando todo o seu sistema de relações. O foco do PEI está na elaboração de respostas e não nas respostas em si.
  • APLICAÇÃO DO MÉTODO FRIENDS - Trabalhando as Habilidades Sociais de Crianças Jovens Adultos para o alcance da resiliencia, sanando problemas de ansiedade e depressão infantil (Intervenção Comportamental)


  • INTERVENÇÕES COM A TECNOLOGIA BIOFEEDBACK - Direcionada a pacientes com TDAH, quadros de ansiedade, depressão infantil e controle emocional; 
Você é o nosso convidado especial para conhecer o nosso espaço de atendimento.

Nosso endereço: Rua Sergipe 50 - 3 Poderes - Sub-esquina com a Av. Bernardo Sayão CON-TATO: (99) 9934-5124



quinta-feira, 9 de maio de 2013


O AUTISMO E A INCLUSÃO NA ESCOLA REGULAR DE ENSINO: COMO SE DÁ ESSE PROCESSO?
                                                                                           ¹Joselma Gomes da Silva



Ao falar de inclusão, é preciso entender que Incluir precisa ser caracterizado como uma via de mão dupla, tanto por parte do aprendente com a instituição, quanto por parte da instituição com esse aprendente. Significa a tríade - escola, aprendente e família - inteiramente envolvidos nas ações promovidas por essa instituição educacional. Significa compreender as reais necessidades do sujeito, seu ritmo, seus limites, suas potencialidades, suas habilidades, suas fragilidades e, partindo de todo esse arsenal de informações, promover situações de aprendizagens com o olhar voltado para a promoção desse sujeito aluno.
É preciso criar um novo currículo ou organizar o que já existe para atender o aluno com Autismo na escola regular?
Para entender algumas ações, primeiramente faz-se necessário entender alguns termos utilizados no contexto da escola. Adaptação curricular que se refere à criação de um novo recurso, o que não é interessante para nenhuma criança; e adequação curricular que é um recurso já existente e sofre alterações para tornar-se adequado para a condição do sujeito que aprende.
Nos mais variados tipos de Autismo, além de haver uma diminuição da socialização e uma dificuldade em ampliar laços sociais em qualquer contexto, resistências a mudanças de rotina, há também uma necessidade de se trabalhar os problemas relacionados à aprendizagem no que se encaixa no quesito organização, principalmente os aspectos abaixo de forma bem significativa: Dificuldades Organizacionais – aqui considerados tanto como a rotina educacional, quanto como atividades a serem realizadas no contexto da escola; Distração – É preciso levá-lo a realizar atividades que o motivem e com isso amplie gradativamente seu nível de atenção; Dificuldades para generalizar – ou seja, ampliar seus saberes para além-muros da escola, isto é, para a vida; Padrões irregulares de desenvolvimento – ou seja, pontos de estrangulamentos que precisam ser reorganizados, dentre eles, nos casos mais complexos, a capacidade de escrita, abstração de conceitos e o ritmo.
Quais Leis me amparam para as adequações curriculares aconteçam?
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 (LDB) no seu artigo 59 preconiza essa tomada de decisão colocando que “os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades”, além da Constituição de 1988, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) Lei 12.764 - Berenice Piana que protege os direitos da pessoa com Autismo, além de várias outras Leis que amparam os direitos da pessoa com deficiência.
As adaptações curriculares fundamentadas por Lei pressupõe que se adapte o currículo, para um processo dinâmico, alterável e passível de ampliações, para que, com isso, possa atender aprendentes com Autismo em todos os seus níveis de funcionamento e idade. O aprendente com Autismo aprenderá mediante um ensino estruturado, organizado, sinalizado, processando as informações visualmente. Elaborar as tarefas não deve ser papel somente do educador. Nesse processo, faz-se necessário o envolvimento dos familiares, terapeutas e outros profissionais que o atendem como parte dessa equipe multidisciplinar.
O currículo para aprendentes com autismo propõe estratégias adaptativas para facilitar a aprendizagem, concretizando conceitos, organizando materiais, oferecendo dicas visuais, sequencializando os itens, dispondo os mesmos de uma forma padronizada, no entanto, sem fugir dos conteúdos propostos, mas sim, se utilizando de formas alternativas para passa-los.
Para alunos com Autismo, a professora utilizar-se-á de um sistema de trabalho com as atividades elaboradas de acordo com o nível do aluno e com as indicações adequadas (área de armazenamento e área de execução) para que o mesmo possa executá-las.
É preciso eliminar a ideia de que um Autista somente precisa de escola para socializar, brincar, estar com outros ou adequar comportamentos. Com a contribuição de esses fazeres acima citados o Autista poderá sim, apreender conteúdos curriculares dentro das suas possibilidades e com isso exercer a sua cidadania.
____________________________________
¹ Psicopedagoga Clínica e Institucional / Neuropsicopedagoga / Habilitada no trabalho psicopedagógico com crianças autistas pela abordagem TEACCH./ Professora Universitária/ Mediadora do PEI (Programa de Enriquecimento Instrumental)